Olhem as notícias de uma amiguinha que morou por um tempo aqui com a gente, e que foi adotada por uma pessoa super especial, a Fabi, que depois se tornou voluntária nas nossas feiras de adoção!!! Como é bom receber um e-mail assim!!!!
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"Eu sempre gostei muito de animais, principalmente de cachorros. Eu morei em casa até os 24 anos de idade e sempre tive cachorros. Parece que eu era escolhida por eles... era um que aparecia na porta de casa, outro que um namorado dava de presente, etc.Até o dia em que nos mudamos (minha mãe e eu) para um apartamento. Aí tive que doar a Susi e a Laika (uma SRD de porte grande - misturada com pastor belga - e outra SRD de porte médio). Mesmo a de porte médio era grande para viver em um apartamento e, além do mais, ela teria dificuldades para se adaptar em um espaço limitado.Diante dessa situação, fiquei 6 anos sem ter cachorro.
Eu sentia muita falta e vivia dizendo para a minha mãe que qualquer hora iria "arrumar" um! Ela sempre dizia que não, que não tínhamos tempo para cuidar, que faria sujeira, que daria muito trabalho e etc. Realmente o tempo era curto pois nós duas trabalhamos e eu, naquela época, ainda fazia faculdade...Mas no final do ano passado, após concluir a graduação e com algum tempo livre para dar atenção e dedicação que um animal merece, eu comecei a procurar um cachorro para adotar. Eu não queria comprar para não incentivar o "comércio" de cães que possa existir por aí. Bem, eu comecei procurando na internet, até que encontrei o Adote um Amiguinho. Achei o site bem interessante, principalmente por ter fotos dos cães - assim seria muito mais fácil - era só escolher e ir buscar!
Eu sempre tive fêmeas porque acho que são mais tranqüilas e carinhosas, mas nenhum daqueles cachorros do site tocou meu coração. Então eu resolvi ligar na Clínica e a Dra. Estrela disse que havia uma cadelinha cuja foto não estava no site e que, caso eu quissesse, poderia ir até lá para vê-la. Na mesma hora eu peguei o carro e fui até lá, mas eu estava tão certa de que iria gostar da Sofia (o nome da cadelinha era Sofia) que no caminho passei em uma loja de animais e comprei casinha, ração, vasilhas e etc! Dito e feito! Ao chegar na Clínica, a Sofia, apesar de um pouco agitada, mostrou-se bem receptiva. Eu fiquei bastante admirada por ver que tratava-se de uma cadela toda preta, igualzinha às outras que eu tinha.
Me apaixonei! Logo tratei de preencher o Termo de Responsabilidade e a Dra. Estrela até providenciou para que a Sofia tomasse um banho para que eu a levasse bem limpinha e cheirosa!Porém, eu ainda tinha uma barreira a vencer: minha mãe. Quando chegamos em casa, ela estava irredutível! Não queria cachorro de jeito nenhum! Imagine só que ela mandou que eu devolvesse a Sofia! É claro que eu eu disse que não poderia devolver (apesar da Dra. Estrela ter tido que, caso a Sofia não se adaptasse ao ambiente, poderia devolvê-la, sim!). Eu disse também que tínhamos que ficar com ela de qualquer jeito, pois eu já tinha investido na casinha e nos demais apetrechos.
Diante disso ela acabou aceitando, com a condição de que eu mudasse o nome da cadela, pois temos uma prima que se chama Sofia e meus tios poderiam não gostar da idéia de termos uma cadela com o mesmo nome da filhinha deles...! Então eu "batizei" a Sofia de Belinha, pois ela é mesmo muito bela!A vantagem de adotar um cão adulto é que ele é muito grato à tudo - e mesmo ao pouco - que você tem a oferecer a ele. No começo a Belinha dormia só na casinha e, quando saíamos de casa para o trabalho, ela ficava só na lavanderia porque tínhamos medo que ela fizesse sujeira na casa toda. Não permitíamos que ela subisse no sofá, muito menos nas camas. De vez em quando um xixi escapulia em cima dos tapetes da casa... mas como ela já havia sido castrada, não tivemos muito problema com sujeira ou com outros animais na rua.
Após a primeira semana, ela foi-se mostrando tão grata e carinhosa, que acabamos cedendo. Ela passou a dormir comigo, em minha cama, e, após o primeiro mês, ela já não fazia mais suas necessidades dentro de casa - somente na rua! Duas saídas por dia são suficientes. Belinha não late dentro de casa, não chora quando temos que sair e deixá-la sozinha, não destroi móveis ou rói sapatos, continuou comendo ração (como quando estava na Clínica) e se dá bem com todos - adultos, crianças e até com outros animais.A Belinha mudou a rotina da casa e acabou com os meus momentos de solidão. Ela me faz companhia nas minhas idas ao parque, à manicure, à casa de amigas, de parentes, etc.Minha mãe, por sua vez, também ficou mais calma: hoje ela brinca muito com a Belinha e até a leva para passear, à pé ou de carro! (Belinha a-do-ra passear de carro).
Ter um animal de estimação requer tempo e dedicação. Se engana quem pensa que ter um cachorro em casa é somente dar ração, banho e um lugar para dormir. Há se se dar carinho, atenção, é necessário brincar com ele, fazer com que ele realmente participe de sua vida.Belinha hoje está com 5 anos e 8 meses, e muito, muito feliz. Ela foi um presente para a nossa família. Não imagino minha vida sem ela!
Fabiana